O Sacramento do Matrimónio é o plano de aliança de Deus com o seu povo, um desígnio de comunhão. A imagem de Deus é o casal no matrimónio: o homem e a mulher; não só o homem, não somente a mulher, mas os dois juntos. Esta é a imagem de Deus: o amor, a aliança de Deus connosco está representada na aliança entre o homem e a mulher. Na união conjugal o homem e a mulher realizam esta vocação no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva.
Quando um homem e uma mulher celebram o sacramento do Matrimónio, Deus, por assim dizer, «espelha-se» neles.
Na Carta aos Efésios, São Paulo frisa que nos esposos cristãos reflete-se um mistério grandioso: a relação instaurada por Cristo com a Igreja, uma relação nupcial (cf. Ef 5, 21-33). A Igreja é a esposa de Cristo. Esta é a relação. Isto significa que o Matrimónio corresponde a uma vocação específica e deve ser considerado uma consagração (cf. Gaudium et spes, 48; Familiaris consortio, 56). É uma consagração: o homem e a mulher são consagrados no seu amor.
No sacramento do Matrimónio realiza-se a simplicidade e até a fragilidade da condição humana.
Texto adaptado da Audiência Geral do Papa Francisco, de 2 de abril de 2014, ciclo de catequeses sobre os Sacramentos.
Texto original em vatican.va